O conceito de Saúde Mental está relacionado a questões biológicas, psicológicas e sociais, e não somente a ausência de perturbação mental. A fisioterapia tem muito a ajudar nos distúrbios, já que muitos deles acabam levando a incapacidade física do indivíduo, afetando ainda mais em suas questões psicológicas.
A saúde dos fisioterapeutas:
Atualmente um dos momentos que mais impactou a vida e o dia a dia desses profissionais foi a pandemia de COVID-19, a prestação de cuidados na linha frente aumentou os riscos do desenvolvimento de problemas de saúde mental. A chegada de um vírus novo totalmente desconhecido e que em poucos meses mudou completamente o ambiente profissional de todos os profissionais da saúde gerou medo.
A exposição ao vírus, aderir a quarentena, longas jornadas de trabalho e a falta de suporte adequado nesse ambiente afetou diretamente na saúde desses profissionais, sendo possível observar quadros de ansiedade, depressão, alterações na qualidade do sono, nas emoções, distúrbios e a síndrome do esgotamento (Burnout).
A saúde dos estudantes de fisioterapia:
Distúrbios na saúde mental andam diretamente ligados a estudantes universitários, já que o processo de adaptação pode ser muito complicado, influenciando no rendimento desses alunos.
A idade também influencia nesse quadro, já que quanto mais velhos, maior a pressão de conseguir “ser alguém”, além das responsabilidades, deveres e compromissos. Isso sem contar a sobrecarga de disciplinas e horários que esses alunos precisam enfrentar, levando a um sentimento de culpa de não conseguir absorver tudo que é passado e a questionamentos de se ele será um bom profissional.
A fisioterapia e a saúde dos pacientes:
Em um tratamento fisioterapêutico, o objetivo é a manutenção do estado de saúde de um indivíduo, restaurando sua integridade física, social e mental, aumentando consequentemente a sua independência e qualidade de vida. Contudo, é importante que durante o seu tratamento, o fisioterapeuta o compreenda como um todo, em um tratamento humanizado, já que somente assim esse tratamento poderá ser efetivo em diferentes circunstâncias da vida desse indivíduo.
É importante dizer também, que o ritmo atual de vida tem influenciado muito no estresse das pessoas, levando a sintomas de ansiedade e depressão, além da grande relação com as dores crônicas. Com o tempo então essa pessoa passa a ficar desanimada, irritada, com pensamentos negativos, alterações de sono e humor.
Esse ciclo é vicioso, gera cada vez mais incapacidade e piora na qualidade de vida do paciente e sua percepção de dor fica cada vez mais alterada. Por isso, a nossa atuação deve mostrar novas possibilidades para esse paciente, através da atenção e interesse, para que ele se sinta compreendido e assim reencontre sua confiança e vontade de viver e estar nos lugares.
Conclui-se então a importância de estratégias que melhorem a qualidade de trabalho dos profissionais, boas estratégias de ensinos para os alunos, além de uma boa qualificação desses profissionais para uma boa atuação com os seus pacientes, além de apoio psicológico a todas essas pessoas, garantindo um espaço de expressão e escuta, para orientações e acolhimento.
Blog desenvolvido por Laysa de Lima, discente de Fisioterapia da UFTM.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762012000100006
https://www.crefito1.org.br/imagens/revistas/CARTILHA_SAUDE_MENTAL_WEB-1.pdf
https://scioeducation.com/artigos/a-fisioterapia-na-saude-mental/
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/33093/28110/372790
https://www.ufjf.br/facfisio/files/2019/03/ANSIEDADE-ESTRESSE-E-DEPRESS%C3%83O-ASSOCIADO-AO-%C3%8DNDICE-DE-RENDIMENTO-ACADEMICO-EM-ESTUDANTES-DE-FISIOTERAPIA.pdf