O vírus conhecido popularmente como Coronavírus (SARS-CoV-2) é o responsável pela vigente pandemia que atingiu vários países, apresentando uma alta dinâmica de transmissibilidade. Portanto, devido a essa facilidade de disseminação e infecção, as instituições de saúde pública entraram em estado de alerta máximo.
Para a redução significativa da transmissão do vírus, a principal recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é o distanciamento social. No Brasil, o Distrito Federal foi à primeira unidade da federação a estabelecer medidas de distanciamento social, com suspensão de aulas e serviços no dia 11 de março de 2020.
A pandemia alterou o cenário mundial, surgindo assim um novo contexto social e uma nova configuração de vida.
Efeitos da quarentena na nossa saúde:
Devido ao isolamento social, a população passou a destinar maior tempo ao uso de computadores e a permanecer longos períodos sentados, adotando assim o sistema Home Office. Desse modo, o sedentarismo acaba se tornando comum, com a falta de estímulos e meios que proporcionem a prática de atividades físicas. A inatividade física também é considerada uma pandemia e um grave problema de saúde pública, sendo responsável por mais de 3 milhões de mortes por ano, no mundo todo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda realizar pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, no entanto, estima-se que 1/3 da população mundial com idade acima de 15 anos não atinge a recomendação.
Além da inatividade física, o uso excessivo do computador gera malefícios como rigidez no pescoço, dor nas costas, nos punhos e ocasiona danos na visão, os quais são evidenciados através de sintomas como dor de cabeça, visão embaçada, olhos cansados, sensação de olho seco, sensibilidade à luz, irritação, lacrimejamento e vermelhidão.
O isolamento social também agravou condições patológicas pré-existentes e efeitos psicológicos negativos, como: sentimento de solidão, angústia e insegurança.
A importância e atuação da fisioterapia neste atual cenário.
A fisioterapia tem um papel imprescindível neste atual cenário, tanto no Home Office quanto na assistência aos pacientes com Covid-19. Quando considerada grave, a doença causa dano alveolar maciço e insuficiência respiratória progressiva, evidenciando a necessidade de ventilação mecânica, dessa maneira, o fisioterapeuta atua na monitorização clínica e funcional, bem como manejo do suporte ventilatório e demandas relacionadas às dimensões da funcionalidade.
Em relação ao Home Office, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) publicou, no dia 23 de março de 2020, a Resolução COFFITO nº 516 que suspende os efeitos do art. 15, inciso II do código de ética e permite o atendimento não presencial que se dará apenas nas modalidades, teleconsulta, teleconsultoria e telemonitoramento realizados por meio de Tecnologias da informação e da comunicação (TICs). A medida tem como objetivo principal minimizar a desassistência durante o período de pandemia da COVID-19.
O teleatendimento tem por finalidade o tratamento e prevenção das doenças e lesões e pode ser realizado de formas síncronas e assíncronas. Ao realizar de maneira síncrona, o fisioterapeuta e o paciente interagem em tempo real por meio de vídeochamada. Na forma assíncrona há envio de materiais, como folders e vídeos, contendo orientações.
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Blog desenvolvido pela discente de Fisioterapia Lara Aparecida de Paula Maia.
Referências
LIMA KUBO, H. K.; CAMPIOLO, E. L.; OCHIKUBO, G. T.; BATISTA, G. Impacto da pandemia do covid-19 no serviço de saúde: uma revisão de literatura. InterAmerican Journal of Medicine and Health, v. 3, 26 Jul. 2020.
Pitanga FJG, Beck CC, Pitanga CPS. Inatividade física, obesidade e COVID-19: perspectivas entre múltiplas pandemias. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2020;25:e0114. DOI: 10.12820/rbafs.25e0114