Para que haja entendimento da atuação do fisioterapeuta na Esclerose Múltipla é necessário entender o que é essa doença.
O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?
A Esclerose Múltipla é uma doença crônica, autoimune e incapacitante que afeta diretamente o sistema nervoso central, desencadeando diversos sintomas e sinais neurológicos. Mais precisamente, essa doença afeta a substância branca do encéfalo e/ou da medula espinhal, o que gera múltiplas lesões desses locais. Essas lesões desenvolvem-se a partir da
perda da bainha de mielina, comprometendo a condução nervosa.
SINAIS E SINTOMAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA
As manifestações da doença incluem fraqueza motora, parestesia, visão comprometida, diplopia (visão dupla), nistagmo (movimento rotatório do globo ocular), disartria, comprometimento da sensibilidade profunda, tremor intencional, entre outros sintomas.
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA ESCLEROSE MÚLTIPLA
O tratamento fisioterapêutico realiza-se a partir de uma avaliação minuciosa do paciente com esclerose múltipla, considerando a amplitude de movimento, sensibilidade, dor e o tônus muscular. É avaliado
ainda, o posicionamento do paciente, grau de estresse, força muscular, controle motor, coordenação e equilíbrio, padrão de marcha e fadiga, integridade e estado da pele. Além disso, avalia-se os padrões
respiratórios, habilidades cognitivas, defeitos visuais e estado funcional.
1. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Para todo tratamento fisioterapêutico é necessário estabelecer um planejamento acerca das necessidades e das capacidades individuais. Sendo assim, na esclerose múltipla o fisioterapeuta visa aumentar ou manter a amplitude de movimento nas articulações; orientar a respeito dos cuidados com a pele nos casos da perda sensitiva de alguns pacientes, evitar deformidades, incentivar a estabilidade postural, diminuir padrões espásticos anormais e suas influências do tônus muscular sobre os movimentos, melhorar a
força muscular, controle motor, coordenação e padrão de marcha do paciente. É possível também que o fisioterapeuta implemente a terapia preventiva, o que impede possíveis lesões
ou danos futuros no organismo.
2. FASES DE ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA
A atuação da fisioterapia é tanto na fase aguda ou pós-surto, quanto na fase remissiva quando as manifestações clínicas estão reduzidas ou ausentes.
- NA FASE AGUDA:
Utiliza-se exercícios mais passivos, com pausas de recuperação mais longas e estes. O objetivo é manter as amplitudes de movimento do paciente e evitar complicações secundárias, conforme a evolução. Ainda, pode-se adicionar exercícios ativos sem que ocorra muito gasto energético.
- NA FASE REMISSIVA:
Nessa fase os exercícios ativos serão mais intensos, no entanto sempre respeitando intervalos para pausas de recuperação, a fim de que não ocorra fadiga e aumento da temperatura corporal, visto que esses fatores colaboram para novos surtos.
3. RESUMINDO A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA
Em suma, o tratamento fisioterapêutico visa diminuir a espasticidade, fraqueza e fadiga muscular, disfunções cerebelares, assim como aumentar o padrão correto de marcha.
Diante disso, vale ressaltar a importância da fisioterapia na esclerose múltipla, e sua atenção no desenvolvimento da reabilitação e prevenção funcional do organismo humano.
Blog desenvolvido por Gabriel Borges Tavares, discente em fisioterapia.
Referências:
Antonio Gomide Cardoso, Fabrízio. Atuação fisioterapêutica na esclerose múltipla forma
recorrente-remitente. 3 vol: Revista movimenta, 2010.
Muito rico de informações! Eu amei! Parabéns!